O exoplaneta Kepler-78b certamente é um inferno com temperaturas que oscilam entre 1.500 e 3.000°C, mas para os astrônomos tem a característica particularmente interessante de possuir tamanho e composição muito parecidos aos do nosso planeta.
Dito de outra forma, este quase irmão gêmeo do nosso planeta nunca será habitável pelo ser humano, mas alimenta a esperança de um dia ser encontrada uma “Terra bis” entre os bilhões de exoplanetas presentes na galáxia.
Lançado em 2009 pela Nasa, o telescópio espacial Kepler descobriu, durante sua missão, bilhões de candidatos possíveis entre os planetas rochosos.
No entanto, embora seja relativamente fácil determinar seu tamanho, é muito mais complicado conhecer suas características.
Kepler-78b é uma exceção à regra porque está em órbita muito perto do sol – daí sua temperatura infernal -, em torno do qual faz uma volta completa em apenas oito horas e meia.
Essa particularidade permitiu a duas equipes diferentes de astrônomos observar o exoplaneta e calcular sua massa, entre 1,69 e 1,86 vez a da Terra, segundo estudos publicados esta quarta-feira na revista Nature.
David A. Aguilar (CfA)
O exoplaneta Kepler-78b certamente é um inferno com temperaturas que oscilam entre 1.500 e 3.000°C, mas para os astrônomos tem a característica particularmente interessante de possuir tamanho e composição muito parecidos aos do nosso planeta.
Dito de outra forma, este quase irmão gêmeo do nosso planeta nunca será habitável pelo ser humano, mas alimenta a esperança de um dia ser encontrada uma “Terra bis” entre os bilhões de exoplanetas presentes na galáxia.
Lançado em 2009 pela Nasa, o telescópio espacial Kepler descobriu, durante sua missão, bilhões de candidatos possíveis entre os planetas rochosos.
No entanto, embora seja relativamente fácil determinar seu tamanho, é muito mais complicado conhecer suas características.
Kepler-78b é uma exceção à regra porque está em órbita muito perto do sol – daí sua temperatura infernal -, em torno do qual faz uma volta completa em apenas oito horas e meia.
Essa particularidade permitiu a duas equipes diferentes de astrônomos observar o exoplaneta e calcular sua massa, entre 1,69 e 1,86 vez a da Terra, segundo estudos publicados esta quarta-feira na revista Nature.
Isso dá a ele uma densidade quase idêntica à da Terra, ou seja, 5,5 gramas por centímetro cúbico.
Essa densidade indica que Kepler-78b, assim como o planeta Terra, provavelmente é formado por rochas de ferro.
Embora no estado atual dos conhecimentos não haja possibilidade alguma de vida em sua superfície, o “Kepler-78b constitui um sinal animador para a busca de mundos habitáveis fora do nosso sistema solar”, resumiu Drake Deming, astrônomo da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, em um comentário em separado publicado na Nature.
Segundo o astrônomo, a existência desse planeta hostil “tem pelo menos o mérito de mostrar que planetas extrassolares com uma constituição semelhante à da Terra não constituem um fato extraordinário” na Via Láctea e que é possível encontrar algumas com critérios mais compatíveis com alguma forma de vida.
Fontes e Direitos Autorais: AFP – 30/10/2013 21h08 – Atualizado em 31/10/2013 10h51.
Para determinar a massa exata do Kepler-78b, dois grupos independentes de astrônomos (um liderado pelo Instituto de Astronomia da Universidade do Havaí, nos EUA, e outro pela Universidade de Genebra, na Suíça) mediram “oscilações” na luz da estrela hospedeira enquanto o planeta circulava em volta dela. Um grupo chegou à conclusão de que a massa desse planeta é 1,69 vez da massa da Terra, e o outro grupo calculou 1,86 vez, usando uma escala similar.
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