Como podemos contar história com dados

Olá, bom dia!

Hoje domingo dia 09/10, estou iniciando o primeiro post da nova sessão do meu blog intitulada: “Contando História com Dados“.

Nesta nova sessão, você vai encontrar posts relacionados a área de dados, destacando ao longo dos anos como este elemento atualmente reconhecimento como o mais importante em nossas vidas, conseguiu evoluir, conquistar o seu espaço, tornando-se cada vez mais vital para nossa evolução.

Em adicional, estarei compartilhando sempre que possível, um documento, apresentação ou resumo do conteúdo aqui compartilhado, o qual conterá o meu ponto de vista, conhecimento e aprendizados obtidos ao longo dos estudos realizados para elaboração do referido post.

Começo este primeiro post, apresentando um pouco sobre um dos conceitos mais abordados atualmente pelos profissionais da área de dados e tecnologia, me refiro ao próprio nome desta sessão mas em inglês: “Storytelling with data“.

Introdução

Qualquer pessoa pode ser capaz de se comunicar de forma eficiente através do uso de dados, para muitos isso pode se tornar algo assustador.

A partir do momento em que você é questionado a fornecer ou apresentar seus dados pessoais, de alguma maneira os mais variados sentimentos são despertados (imagine a cena do entregar de pizza ou da sua compra eletrônica batendo na porta da sua casa…).

Talvez você se sinta desconfortável por não saber por onde começar. Ou talvez sinta que é uma tarefa opressiva, porque presume que o que está sendo submetido naquele momento poderá lhe trazer complicações futuras.

Por outro lado, você reconhece sua facilidade na maneira como responde os questionamentos para uma pesquisa feita na internet, ou no censo demográfico ao qual o seu país esta realizando neste momento, situações comuns do dia á dia.

A capacidade de contar histórias com dados é uma habilidade ainda mais importante em nosso mundo de dados crescentes e de desejo de tomada de decisão orientadas por dados.

Uma visualização de dados eficaz pode significar a diferença entre o sucesso e o fracasso na hora de comunicar as constatações de seu estudo, levantar dinheiro para sua organização sem fins lucrativos, apresentar informações para seus diretores ou simplesmente mostrar sua ideia para seu público.

Para que você possa evoluir na maneira como olha, reconhece e trabalha com seus dados, torna-se necessário estabelecer um processo que ajude a unir a teoria com a prática, o qual visa permitir a utilização das experiência obtido com cenários ou situações do mundo real transformadas em conjuntos ou amostras de dados posteriormente interpretados como planilhas, gráficos, dashboards, relatórios, resumos ou apresentações.

Este processo é conhecida como: As seis lições importantes utilizadas para se contar uma história com dados.

As seis lições importantes

1 – Entenda o Contexto;

2 – Escolha uma apresentação visual adequada;

3 – Elimine a saturação;

4 – Foque a atenção onde você deseja;

5 – Pense como um designer; e

6 – Conte a sua história.

Figura 1 – As seis lições importantes.

A importância do contexto

Antes de você tomar caminho da visualização de dados, há duas perguntas que deve responder sucintamente: Quem é seu público? O que precisa que ele saiba ou faça?

Criar um entendimento sólido do contexto ou cenário circunstancial reduz as iterações (ciclos de trabalho) mais adiante e o coloca no caminho para o sucesso quando se trata de criar um conteúdo visual.

Pode parecer absurdo, mas o sucesso na visualização de dados não começa com a sua visualização. Em vez disso, antes de começar a criar uma apresentação ou comunicação de dados, a atenção e o tempo devem estar voltados a entender o contexto da necessidade em se comunicar.

Devemos estabelecer as diferenças entre Análise exploratória versus explanatória.

A escolha de um visual eficaz

Qual é a melhor maneira de mostrar os dados que você deseja comunicar?

Analisar a utilização de recursos específicos em suas apresentações como texto simples, tabela, mapa de calor, gráfico de linhas, gráfico de inclinação, gráfico de barras verticais, gráfico de barras verticais empilhadas, gráfico de cascata, gráficos de barras horizontais, gráficos de barras horizontais empilhadas e gráficos de área quadrada, atualmente são considerados recursos que facilitam a compreensão e tornam a sua apresentação mais atrativa.

Procure evitar a utilização de gráficos de pizza ou rosca, bem como, recursos visuais 3D que podem se tornar incompreensíveis.

A saturação é sua inimiga!

Imagine uma página ou uma tabela em branco: cada elemento adicionado a ela absorve carga cognitiva por parte de seu público. Isso significa que devemos ter discernimento acerca dos elementos que permitimos em nossa página ou tela e devemos trabalhar para identificar coisas que estão absorvendo poder do cérebro desnecessariamente e removê-las.

Identificar e eliminar a saturação que parece ser simples, todavia, a percepção visual vai muito além de um simples alinhamento de texto. Utilizar o espaço em branco e o contraste pode se tornar um valioso recurso.

Para se estabelecer uma forma de análise de quais elementos visuais podem estar perturbando “atrapalhando” sua apresentação ou estudo, devemos considerar o chamado Princípios da Gestalt de Percepção Visual, criado em 1900 na Escola de Psicologia Gestalt, sendo este, atualmente empregado como forma de identificar a maneira como as pessoas interagem e produzem uma ordem de compreensão a partir de estímulos visuais, baseados na: proximidade, similaridade, acercamento, fechamento, continuidade e conexão.

Focalize a atenção de seu público

Enquanto trabalhamos para eliminar as distrações, também queremos examinar o que resta e considerar como queremos que nosso público interaja com nossas comunicações visuais. Dentro do cérebro existem três tipos de memória, importantes ao projetarmos comunicações visuais: memória icônica, memória de curto prazo e memória de longo prazo, cada tipo desempenha um papel importante e distinto.

Memória icônica: conhecida como super rápida, atuando sem que você perceba conscientemente, sendo acionada quando olhamos o mundo ao nosso redor;

Memória de curto prazo: apresenta limitações, especificamente em situações em que as pessoas necessitam compreender um grupo de informações maior que quatro conjuntos visuais; e

Memória de longo prazo: definida como a saída da memória de curto prazo que é armazenada ou esquecida, muitas vezes se tornando perdida. A memória de longo prazo apresenta como duração toda a vida daquela pessoa, fundamentalmente é interpretada e utilizada através de padrões que ajudam no processamento cognitivo geral.

Pense como um designer

A forma segue a função. Esse ditado do design de produtos tem aplicação clara na comunicação com dados.

Quando se trata da forma e da função de nossas visualizações de dados, primeiramente devemos pensar sobre o que queremos que o nosso público consiga fazer com os dados (função) e criar uma visualização (forma) que permite fazer isso com facilidade.

Os designers conhecem os fundamentos de bom design, mas também como confiar nos seus olhos. Talvez você pense: Mas não sou designer!
Pare de pensar assim. Você consegue reconhecer um design inteligente. Conhecendo alguns aspectos e exemplos comuns do bom design, nos permite infundir confiança em seus instintos visuais e aprender algumas dicas concretas a seguir, como ajustes a fazer quando as coisas não parecem totalmente corretas.

Os designers e especialistas nesta área de estudos dizem que os objetos que compõem nossas apresentações ou comunicações devem ser tratados como “Affordances”, ou simplesmente os aspectos inerentes ao design que devem tornar óbvio como o produto deve ser utilizado, ou quais são os resultados alcançados ao final do nosso estudo.

Conte a sua história

Histórias repercutem e ficam conosco de maneiras que os dados simplesmente não conseguem. Uma história tem início, meio e fim claros.

Muito pode ser aprendido a partir de um exame completo de apresentações visuais eficazes. Considerar a escolha em torno do quê e como dar e retirar a ênfase, por meio de uso de cores, espessuras de linhas e tamanho relativo, poderá ajudar na forma como você pretende alinhar e posicionar seus recursos visuais, em conjunto com palavras, títulos legendas e anotações.

Imagine a seguinte história: “A empresa X faz uma campanha anual de doações”, com duração de um mês, com intuito de angariar fundos para causas beneficentes. A partir deste momento precisamos imaginar como contar esta história mas antes de qualquer ação, devemos nos questionar: Em qual parte desta história se encontra o início, meio e fim?

E por fim, outros 3 elementos importantes devem fazer parte deste contexto: Quem, o quê e como

Chegou a hora de você contar esta e outras milhares de história através da utilização de dados.

Cole Nussbaumer Knaffic

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Referências

Knaffic, C. N. Storytelling com dados. Alta Books. 2019.

Provost, F.; Fawcett, T. Data Science para negócios. Alta Books. 2016.

MAGALHÃES, Alberto. Business Intelligence no SQL Server. FCA. 2017.

Castro, L. N.; Ferrari, D. G. Introdução a Mineração de Dados. Saraiva. 2016.

LAUDON, Kenneth C. LAUDON, Jane C. Sistemas De Informação Gerenciais. Pearson Education, 2014.

Agradecimento

Obrigado por sua visita a mais este post do meu blog!

Espero que este post e todos os demais aqui compartilhados possam lhe ajudar ao longo das mais diversas necessidades da sua vida profissional e acadêmica.

Aproveite, para viver cada dia, observando como você pode transformá-la em uma nova história repleta de dados.

Um forte abraço.